Salada da Vocação

A chave para identificar a missão pessoal no mapa

Vocação no mapa astral. Este é um enigma que muitos buscam decifrar no mapa de nascimento, incluindo você, não é verdade?

Fica comigo até o final, pois neste artigo eu vou te mostrar como montar uma salada que apresente a vocação no seu mapa ou no do seus clientes.

Antes de sair loucamente procurando esses pontos no mapa, é preciso ter claro na sua mente se o que você está buscando é de fato a vocação. 

Digo isso porque talvez você (ou o seu cliente) queira saber sobre os talentos ou sobre os dons. Sim, são conceitos diferentes e precisamos direcionar o olhar para o lado certo e desejado.

Vocação,  dom e talento

Quando falamos de vocação, estamos olhando para o chamado maior. É a missão da alma nessa vida, a inclinação natural para aquilo que a pessoa veio fazer.

O dom é um presente recebido da divindade para a vida. É aquela aptidão que já vem pronta na alma.

Já o talento é uma habilidade prática que a pessoa desenvolve com certa facilidade, com fluidez. Apesar do aprimoramento ao longo do tempo, parece que a pessoa já nasceu sabendo fazer aquilo. 

Na verdade, foi exatamente isso o que aconteceu. 

Os talentos estão traçados no mapa e, ao longo da vida, vão sendo descobertos e lapidados, se o livre arbítrio assim decidir.

Tanto o talento como o dom estão a serviço da vocação. Talento e dom são os meios pelos quais colocamos o corpo e a vida para realizar o grande chamado: a vocação.

Vamos ilustrar com um exemplo:

Ana Miranda (personagem hipotética) nasceu no Jardim Astrológico para encantar e emocionar pessoas por meio da música.  - Essa é a vocação, o chamado de alma.

Ela tem ouvido absoluto e frases poéticas saem com naturalidade na sua fala cotidiana desde pequena.  - Esses são os dons de Ana, os presentes recebidos.

Ana tem talento para compor músicas, toca piano com destreza e segurança.  - Esse é o talento, a atividade prática que pode (e deve) ser lapidada ao longo da vida.

E a Astrologia nisso?

Num mapa natal analisado pela Astrologia contemporânea, os dons começam a se desenhar pelos sêxtis e os talentos pelos trígonos. A própria natureza do sêxtil e do trígono conduz às conclusões. Caso você não conheça a diferença de interpretação entre esses dois aspectos harmônicos, clique aqui que eu explico tudo.

Identificando a Vocação

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A vocação emerge do mapa astral como um todo - não tente encontrá-la com pressa a partir de uma abordagem superficial.

E já vou logo avisando: a coisa vai muito além do Meio do Céu!

Estou partindo do pressuposto que você já conhece os ingredientes do mapa e já se arriscou pelo menos em algumas receitas. Ter familiaridade com a leitura de mapa é essencial para que o olhar se abra na identificação da vocação, ok?

Se precisar, mergulhe no programa Salada Astrológica disponível aqui no nosso Jardim e ganhe segurança nas suas interpretações:

Para o nosso estudo, vou te mostrar agora uma salada bem bonita, com os aromas da direção vocacional de uma pessoa:

A Parte da Fortuna

Eu sei que seu olho foi direto para o Meio do Céu. Sim, é claro que zênite mostra muito sobre o grande caminho de vida. Porém, para encontrar a vocação em um mapa, o primeiro item a ser observado é a Parte da Fortuna. 

Por que primeiro a Parte da Fortuna? A resposta é simples: porque esse é o ponto que mostra com clareza o que faz a pessoa realmente feliz. 

Isso mesmo! A Parte da Fortuna é o ponto harmônico entre os três principais elementos de um mapa: o sol, a lua e o ascendente. Portanto, é a síntese do que há de mais primordial na existência do nativo. 

O mundo pode estar desabando, mas se a pessoa estiver realizando a mensagem da sua Parte da Fortuna, tudo se torna leve e a vocação encontra espaço para aflorar com intensidade, com a mais pura força vital.

A vocação está intimamente relacionada com a alegria da alma. 

Então, o signo, a casa e o dispositor da Parte da Fortuna delineiam o que a pessoa pode fazer com amor e total entrega para o mundo. Os aspectos mostram as facilidades e os desafios para a fluidez da Fortuna.

Dica do Jardim:
  • Pegue a tabela e procure o almuten da Parte da Fortuna. Os trânsitos e as progressões secundárias desse planeta refletem muito a disposição do nativo para buscar a sua alegria.

O Sol

Aqui não está difícil de visualizar! 

O Sol é a chama acesa da vida, é a pessoa como emissora de luz para o mundo. É a vocação irradiando. 

A casa regida pelo Sol (aquela que abre em Leão) revela quais são as motivações do astro rei. Gosto de dizer que é o “para que” do Sol. 

E a casa em que o Sol se encontra no mapa mostra a área da vida que o nativo brilha (observe se há alguma dignidade acidental, como o júbilo, por exemplo). O assunto da casa é o objetivo do Sol.

Percebeu? Motivo e objetivo! 

Exemplo: Casa 9 em Leão (motivo), Sol na casa 5 (objetivo). Uma possível leitura seria: Para brilhar nos altos estudos (motivo) é preciso fazer algo que envolva criatividade (objetivo).

A recepção entre o Sol e o regente do ascendente mostra a maneira como a pessoa age para brilhar. E os aspectos que o Sol faz com os outros astros revelam as facilidades e as dificuldades para que os raios brilhem à vontade. E, aqui, vale observar tanto os aspectos por grau como por signos inteiros.

A análise conjunta da Parte da Fortuna com o Sol já fornecem bastante informação sobre a  vocação do nativo!

O Ascendente

O signo ascendente traz a energia básica de como a pessoa se coloca diante da vida. Num nível mais profundo, é a postura que o nativo toma para encarar a sua missão de alma. É porta de entrada no mapa, é a porta de entrada na vida. 

Se o Sol mostra quais são as dificuldades e facilidades para atingir a vocação, o ascendente revela como a pessoa enfrenta os desafios e aproveita as oportunidades.

Eu disse no item anterior sobre a importância de observar a recepção entre o Sol e o regente do ascendente. Realmente, a leitura fica muito mais fácil depois disso, pois o regente do ascendente é a própria pessoa de carne e osso. 

A relação do regente do ascendente com o Sol e a Parte da Fortuna é fundamental para saber qual é a abertura que o nativo tem para viver a própria vocação. 

Sim, muita gente tem uma resistência enorme em identificar o que realmente gosta ou de se entregar para aquilo que faz feliz… A recepção entre eles (entendida nos moldes da Astrologia tradicional) mostra isso com uma clareza impressionante!

A Casa 5

Não tem como falar de vocação sem falar de casa 5. Quando uma pessoa reclama que não sabe fazer nada, faça uma boa leitura da casa 5 e a resposta virá.

A quinta casa do mapa é a região do céu que mostra os nossos verdadeiros potenciais. Nessa casa está a construção do legado que será distribuído ao mundo pela casa oposta, a 11. 

A relação da vocação com a casa 5 é direta e reta. Olhe para o regente da 5 e descubra onde o nativo expressa sua criatividade. Os planetas que porventura estiverem dentro da casa e os aspectos do regente mostram a dinâmica da manifestação do potencial único e exclusivo daquela pessoa.

Se o Sol estiver na casa 5, pode ter certeza de que essa pessoa tem um desejo profundo de brilhar. 

Se isso é fácil de conseguir ou não, você já sabe a receita:  como estão os aspectos e a recepção do Sol com o regente do ascendente?

O Meio do Céu e o Planeta Elevado

Chegamos ao Meio do Céu!

O meio do céu é o topo da montanha na escalada da vida. Se a pessoa vive a própria casa 10 de uma forma saudável, é a vocação atingida com sucesso. 

Não importa a escala. Junto com todo o contexto da casa 10, nessa área do mapa está desenhado como o nativo se coloca como referência para o mundo. 

No entanto, sabemos que nem sempre o caminho é óbvio para a pessoa. E, aqui, vale resgatar a escalada da maturidade tão bem representada pela ordem das casas astrológicas no mapa.

O topo do céu é uma conquista e não há como pular etapas! É preciso respeitar o tempo necessário para a construção do sucesso, mas o avanço depende do livre arbítrio e da disposição para encarar a estrada.

É uma questão de nível de consciência, de noção de responsabilidade e de resistir às comparações com o caminho do outro.

Mas, voltando a atenção para a vocação, não importa se estamos falando de uma dona de casa, de uma enfermeira ou do CEO de uma grande empresa. Em todos os casos, o regente da casa revela como o nativo se posiciona como autoridade. Aspectos tensos, debilidades essenciais e recepções difíceis com o regente do ascendente formam o espelho do que o nativo precisa tomar consciência para aprimorar nele mesmo e viabilizar o seu caminho de sucesso. 

Dicas do Jardim:
  • Observe qual planeta está mais perto no Meio do Céu. É o que chamamos de planeta elevado. Esse planeta funciona como uma estrela guia e nos dá uma bela dica de qual é a ação a ser tomada para atingir o topo.

  • Vale lembrar que a casa 10 é angular. Então, todos os planetas que estiverem lá têm MUITO destaque!

Estrelas Fixas

Essa é a cereja do bolo que não pode faltar na sua leitura, pois as estrelas fixas acentuam demais as questões vocacionais, bem como as possibilidades de sucesso e de fracasso.

Muitos bons astrólogos preferem começar a leitura de um mapa observando as estrelas, tanto as que fazem conjunções importantes pelo método de Ptolomeu quanto as que formam parans pelos 4 ângulos.

As estrelas fixas formam um cenário de fundo onde o mapa natal acontece. E é bem verdade que algumas delas, quando em destaque no mapa, podem mudar todo o rumo da interpretação.

Se você tem interesse em saber mais sobre a leitura de estrelas, deixando um comentário neste artigo.

O importante é sempre ter em mente que é preciso sabedoria para lidar com a nossa mais profunda vocação. Seguindo o divino caminho apresentado no céu, a sabedoria surge com o uso consciente de cada planeta do mapa.

Servir com alegria é a grande chave para o sucesso prático da vocação. 

Se você estiver aqui comigo buscando os recursos do seu mapa para desvendar a sua própria vocação, estude cada ponto do mapa com carinho e faça disso um hábito cotidiano. O Jardim Astrológico Secreto está aqui para te ajudar nesse processo. 

Quanto mais você se apropria do seu mapa, mais sintonia com a sua missão de alma.

Agora, se a Astrologia for o seu ramo de estudo ou se você já for um astrólogo profissional, vamos lançar mão da máxima responsabilidade no manuseio dessas informações. 

Tenha firmeza nos conceitos astrológicos antes de se aventurar a responder essa pergunta tão comum dos clientes: “O que estou fazendo aqui? Qual é a minha vocação?”

Esse é um assunto muito sério e não há espaço para interpretações equivocadas. Os clientes que fazem esse tipo de pergunta geralmente estão angustiados e nos procuram em busca de palavras esclarecedoras, que acalmem a alma e direcionam para o caminho do sucesso pessoal.

Com amor, com Deus,

Astróloga do Jardim

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