A Lua em conjunção com o Meio do Céu no mapa astral tem forte influência nos assuntos relacionados aos grandes objetivos de vida e à carreira.  É a união entre a esfera emocional da Lua e a esfera pública representada pelo ponto culminante do céu no momento do nascimento.

Na Astrologia, a Lua é símbolo da emoção, intuição e instinto. Representa a natureza instável das emoções humanas, fluindo como as marés, afetando nosso humor e nossas respostas ao ambiente. Quando em conjunção com o Meio do Céu, essas energias lunares se manifestam de maneira direta na vida pública e na carreira.

O topo do céu, por sua vez, está associado à carreira, às ambições e à imagem pública da pessoa. É a posição que representa o auge da visibilidade social e profissional.

Assim, fica fácil perceber que essa conjunção indica que as experiências emocionais desempenham um papel significativo na formação da carreira e da identidade pública da pessoa.

É um aspecto marcante e já vamos detalhar muito mais. No entanto, antes de prosseguir, precisamos tecer algumas considerações para conferir se a Lua está mesmo em conjunção com o Meio do Céu.

Orbe da Casa 10 e da Lua

Sabemos que toda casa astrológica começa na sua cúspide e o Meio do Céu é exatamente o início da casa 10. 

Quanto mais perto o astro estiver da cúspide da casa, mais forte é o efeito. É por isso que a análise da Lua em conjunção ao Meio do Céu coincide com o estudo da Lua na casa 10, variando a força conforme a distância do início da casa.

Se a Lua estiver no último terço da casa 9, ela já começou a projetar seus efeitos na casa 10, ok? E depois da cúspide, já dentro da décima casa, considere uma distância máxima de 10º para ler o posicionamento como uma conjunção com o Meio do Céu. 

Caso a Lua e o Meio do Céu estejam em signos diferentes, acontece o que chamamos de conjunção dissociada, o que faz perder bastante a força do aspecto, pelo olhar contemporâneo.

Fora desses limites, siga a leitura apenas como uma Lua na casa 9 (se estiver antes da cúspide) ou na casa 10 (depois da cúspide, no sentido anti-horário).

Caso você prefira seguir as orbes da Astrologia clássica, o limite da emissão de luz para que se considere uma conjunção com a Lua é de 6º. Além disso, ainda pela lógica tradicional, Lua e Meio do Céu precisam necessariamente estar no mesmo signo. Caso contrário, não há conjunção.

Aliás, pela ótica da Astrologia Tradicional, o aspecto nem existe, devendo ser considerada a conjunção apenas se ambos os elementos (Lua e MC) estiverem no mesmo signo.

Importante! 

Para estudar esse posicionamento de forma completa, observe a natureza do signo em que a conjunção acontece. Veja se a Lua faz aspectos com outros pontos e se o Meio do Céu recebe aspecto de algum outro astro. que

As condições do dispositor da conjunção são fundamentais! 

Observe também qual é a casa astrológica com a cúspide em Câncer, pois é uma área da vida que possui uma relação direta com os assuntos do Meio do Céu. 

Por fim, vale conferir se há conjunção ou paran com alguma estrela fixa maléfica ou benéfica. 

Tudo isso vai modular e individualizar as características que veremos a seguir.

Lua em Conjunção com o Meio do Céu

De início, a Lua em conjunção com o MC (ou na casa 10) confere uma profunda sensibilidade ao nativo, resultando em uma abordagem acolhedora nas interações públicas. 

Com um empurrão de uma estrela fixa benéfica ou com boas recepções entre o luminar da noite e o regente do ascendente, a Lua no alto do céu tem potencial para trazer popularidade. Isso nada mais é do que uma possível decorrência do carisma e da empatia, frutos da sensibilidade natural.

Dessa forma, sendo uma pessoa agradável em ambientes sociais, é comum que o nativo siga alguma profissão relacionada ao cuidado, aconselhamento ou até mesmo à área artística. É o luminar da noite brilhando o seu charme no ponto mais alto do céu.

Desafios: Oscilações Emocionais nos Grandes Objetivos

Quando se pensa na Lua, não demora para que as quatro fases venham à mente. Sim, a Lua é mutável, muito mutável. Cada dia se apresentando (ou se escondendo) de um jeito no céu. 

Numa aplicação prática do princípio hermético da correspondência, a oscilação celeste da Lua se manifesta visivelmente nos grandes objetivos de vida representados pelo Meio do Céu.

É claro que essa característica pode ser minimizada ou bastante dificultada se a Lua estiver tensa nesse ponto. Caso a Lua forme quadraturas, oposições ou esteja em um signo não muito confortável na recepção com outros significadores, o nativo vivencia o desafio de aprender a lidar com suas necessidades emocionais relativas à sua projeção social. 

Com a Lua como grande representante da nossa percepção de que as coisas mudam em contato direto com o Meio do Céu, é normal que esses nativos experimentem diversas oscilações nas questões profissionais. Uma angustiante incerteza de qual é o melhor caminho a seguir ou um desconforto na falta de estabilidade naquilo que se constrói. 

A Lua no alto do céu acaba revelando a necessidade de desenvolver um equilíbrio cuidadoso entre a autenticidade emocional e a manutenção de uma imagem pública e social estável. 

Aliás, o medo da rejeição pode ser uma questão, levando a hesitações em expor vulnerabilidades.

Isso porque a Lua representa as nossas mais íntimas percepções da figura materna.

Então, com a Lua em conjunção com o Meio do Céu ou na casa 10, não há dúvidas de que a referência da mãe é muito importante para o sucesso desse nativo. 

A depender das condições da Lua por signo e outros aspectos, isso pode vir à tona tanto de forma fluente (a mãe como inspiração para o objetivo de vida), quanto de forma desafiadora (a mãe como espelho de padrões difíceis de comportamento que se repetem).

De um jeito ou de outro, aqui vale a máxima de Bert Hellinger de que “o sucesso é a cara da mãe”, na medida em que se o nativo não olhar para a figura materna como a principal fonte de força e vida, não há como atingir o sucesso. 

Isso mesmo, mãe como força de vida, mesmo que as histórias do passado tenham sido as mais difíceis. 

A bem da verdade é que a Lua na casa 10 expõe que, quando se trata da dicotomia entre carreira e família, as considerações emocionais exercem uma influência preponderante.

A sua vida emocional e as suas relações familiares são prioridades fundamentais e isso interfere diretamente em tudo aquilo que almeja alcançar. 

Aí está a origem das oscilações em relação aos grandes objetivos, pois o nativo precisa buscar segurança nas suas raízes mais profundas, que alcançam a mais longínqua história de vida.

Em conexão com as fontes de força da alma, a Lua em conjunção com o Meio do Céu deixa claro que os desafios emocionais são as verdadeiras oportunidades de desenvolvimento pessoal e de crescimento social.

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Com amor, com Deus,

Astróloga do Jardim